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- 26 maio 2025
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a agitar o cenário econômico global ao anunciar a possibilidade de impor tarifas de 50% sobre produtos importados da União Europeia e 25% sobre iPhones fabricados fora dos EUA. A proposta, que visa pressionar parceiros comerciais, elevou as tensões no comércio internacional e provocou reações nos mercados financeiros.
Segundo Trump, as tarifas são uma resposta àquilo que ele considera práticas comerciais injustas por parte da União Europeia. O ex-presidente declarou que deseja proteger a indústria americana e incentivar a produção doméstica, especialmente no setor de tecnologia.
Esse movimento ocorre em um momento em que as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia permanecem estagnadas, e a retórica protecionista ganha força no cenário político norte-americano.
As declarações de Trump rapidamente reverberaram nos mercados financeiros globais. Segundo a Reuters, investidores temem que as tarifas possam desencadear uma nova guerra comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia, com potenciais retaliações de ambos os lados.
Empresas multinacionais, especialmente as do setor de tecnologia, reagiram negativamente. A Bloomberg relatou que as ações da Apple sofreram queda, reflexo direto da ameaça de tarifas sobre os iPhones produzidos fora dos Estados Unidos.
A Apple é uma das empresas mais afetadas pela possível implementação das tarifas. Atualmente, a maior parte da produção de iPhones ocorre na China, com posterior distribuição global, incluindo os Estados Unidos. A imposição de tarifas de 25% sobre esses produtos aumentaria significativamente os custos operacionais da empresa.
Além disso, as tarifas podem forçar a Apple a repensar sua cadeia de suprimentos, considerada uma das mais eficientes e globalizadas do mundo. Segundo analistas citados pela Reuters e Bloomberg, o aumento nos custos poderá ser repassado aos consumidores, elevando os preços dos iPhones e afetando as vendas.
Especialistas alertam que, se implementadas, as tarifas podem desencadear medidas retaliatórias da União Europeia. Em ocasiões anteriores, Bruxelas respondeu a tarifas americanas com taxas próprias sobre produtos dos Estados Unidos, como motocicletas e bebidas alcoólicas.
Uma escalada tarifária desse tipo afetaria diversas indústrias, desde a automobilística até o setor agrícola, prejudicando empresas e consumidores em ambos os lados do Atlântico.
O anúncio das tarifas ocorre em meio ao cenário pré-eleitoral dos Estados Unidos, onde Donald Trump busca consolidar apoio junto ao eleitorado industrial e conservador, tradicionalmente favorável a políticas protecionistas.
Esse tipo de retórica foi marca registrada de sua administração entre 2017 e 2021, com episódios como a guerra comercial com a China, que resultou em centenas de bilhões de dólares em tarifas sobre produtos chineses.
De acordo com a Bloomberg, até o momento, as tarifas anunciadas por Trump são apenas uma ameaça, mas analistas consideram plausível que sejam formalizadas caso ele retome a presidência.
Enquanto isso, empresas e governos monitoram de perto o desenrolar das declarações, avaliando como ajustar suas estratégias comerciais e políticas de investimento.
As ameaças de novas tarifas por parte de Donald Trump reacendem as tensões no comércio global, com potenciais impactos sobre mercados, cadeias de suprimento e relações diplomáticas. Empresas como a Apple já sentem os reflexos, enquanto governos e investidores aguardam os próximos desdobramentos.
Para os consumidores e para o ambiente econômico global, a possibilidade de uma nova onda de protecionismo gera incertezas, que podem moldar os rumos da economia nos próximos meses.
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