Durante a semana de 23 a 29 de maio de 2025, o mercado de criptomoedas registrou uma leve retração, com a capitalização total caindo 4,34%, totalizando R$ 18,26 trilhões. O volume de negociações nas últimas 24 horas teve queda de 1,49%, segundo dados da Coinbase.
Apesar da correção nos preços, o período foi marcado por forte movimentação institucional, anúncios relevantes em termos regulatórios e episódios envolvendo segurança e cibercrime.
As principais moedas digitais fecharam a semana com desvalorização:
Bitcoin (BTC): R$ 105.955 (-1,93%)
Ethereum (ETH): R$ 2.610,88 (-3,70%)
BNB (BNB): R$ 671,47 (-2,56%)
XRP (XRP): R$ 2,21 (-4,33%)
Cardano (ADA): R$ 0,708 (-6,32%)
Dogecoin (DOGE): R$ 0,208 (-7,00%)
Solana (SOL): R$ 163,95 (-5,46%)
Apesar da queda generalizada nos preços, os fundamentos de adoção e crescimento institucional continuaram fortes, indicando que o mercado atravessa um momento de ajuste técnico, sem perda de tração estrutural.
Entre os destaques da semana, duas iniciativas chamaram a atenção do mercado:
Trump Media anunciou a compra de US$ 2,5 bilhões em Bitcoin, posicionando-se como uma das maiores holdings privadas de criptoativos do mundo. O movimento visa consolidar a presença da companhia no setor digital e proteger reservas em meio à inflação global.
O Santander, um dos maiores bancos da Europa e com forte presença no Brasil, revelou planos para lançar sua própria stablecoin. O ativo será pareado ao euro e deverá ser utilizado em transações digitais e sistemas de pagamento da instituição.
Essas ações reforçam a entrada consistente de grandes empresas e instituições financeiras no mercado cripto, tendência que deve se acentuar nos próximos trimestres.
Em um movimento sem precedentes, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin. O plano prevê o uso de ativos digitais apreendidos pelo Tesouro norte-americano para formar um colchão de proteção econômica.
A iniciativa visa transformar os EUA em uma potência digital e líder global em blockchain, segundo declarações oficiais. O anúncio foi bem recebido por parte do mercado, mas também levanta questões regulatórias e geopolíticas.
A União Europeia aprovou o aguardado regulamento MiCA (Markets in Crypto Assets), um conjunto de normas que estabelece padrões para a emissão, comercialização e custódia de criptoativos em todo o bloco.
Entre os principais pontos da nova legislação:
Regras claras para empresas de criptoativos;
Exigência de licenciamento para stablecoins e exchanges;
Proteção aos consumidores e combate à lavagem de dinheiro.
Com isso, a UE torna-se o primeiro grande bloco econômico a formalizar um marco regulatório abrangente para criptomoedas, pressionando outras economias, como os EUA e o Brasil, a seguirem caminho semelhante.
O grupo hacker Lazarus, vinculado à Coreia do Norte, foi responsabilizado por um dos maiores ataques cibernéticos do ano. A vítima foi a exchange Bybit, que sofreu a perda de aproximadamente US$ 1,5 bilhão em Ethereum.
Autoridades internacionais estão coordenando esforços para rastrear os fundos, enquanto especialistas em segurança alertam para o aumento no número e sofisticação dos ataques cibernéticos no setor cripto.
A Polícia Federal brasileira avançou nas investigações sobre um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas, liderado por um grupo nacional. Estima-se que o golpe tenha movimentado cerca de R$ 1,5 bilhão.
Segundo a PF, o esquema prometia rendimentos garantidos por meio de investimentos em ativos digitais, mas não possuía lastro ou atividade real. A operação visa ressarcir vítimas e coibir crimes financeiros no setor.
Outro ponto alto da semana foi o desempenho dos ETFs de Bitcoin, que registraram a melhor semana de 2025 até agora. Os fundos movimentaram aproximadamente R$ 140 bilhões, impulsionados por:
Demanda crescente de investidores institucionais;
Busca por exposição ao ativo digital de forma regulamentada;
Expectativas de valorização após o halving do Bitcoin.
Esse volume sinaliza uma mudança de perfil dos investidores, com mais instituições adotando estratégias de longo prazo com exposição indireta ao BTC.
Apesar da queda generalizada nos preços, analistas e investidores continuam confiantes. Entre os fatores que sustentam o otimismo estão:
O avanço das regulações claras, que trazem segurança jurídica;
O aumento da adoção por empresas, bancos e governos;
O crescimento de produtos financeiros lastreados em cripto, como ETFs e stablecoins.
O cenário indica que, embora volátil no curto prazo, o mercado cripto segue em trajetória de maturação e consolidação global.
A semana de 23 a 29 de maio de 2025 foi marcada por grandes anúncios institucionais, avanços regulatórios importantes, episódios de segurança digital e movimentação relevante no mercado de ETFs. Mesmo com os preços em queda, os fundamentos do setor seguem se fortalecendo.
O mercado de criptomoedas continua sendo um dos mais dinâmicos do mundo — e, agora mais do que nunca, está no radar de governos, empresas e investidores globais.
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